Hospitais, laboratórios, consultórios médicos e odontológicos, até mesmo clínicas de podologia e manicures precisam constantemente esterilizar os instrumentos utilizados. O processo, normalmente feito por um esterilizador autoclave, consiste em manter o objeto contaminado em contato com vapor em altíssima temperatura, durante determinado período de tempo.
Com isso, são eliminados micro-organismos como fungos, vírus e bactérias, que poderiam causar infecções ou transmitir doenças para outros pacientes expostos aos mesmos instrumentos. O método de esterilização com o uso de autoclave é um procedimento seguro e recomendado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Quer saber mais sobre o funcionamento da autoclave e como escolher o melhor esterilizador de acordo com sua necessidade? Acompanhe em nosso post!
Conheça a importância da esterilização
Ao utilizar alguns objetos, tais como alicate de unha, bisturis e brocas, eles podem sofrer contaminação, seja em função do contato com os pacientes ou pelo armazenamento de materiais e resíduos biológicos.
Em um consultórios odontológicos, por exemplo, os instrumentos têm contato com sangue, saliva e outras secreções. Para que possam ser reutilizados, precisam passar por um processo eficiente de esterilização. O uso de autoclave é a opção mais segura nesse caso.
Além da aplicação na odontologia, clínicas oftalmológicas e estéticas podem ser citadas como locais que também utilizam materiais não descartáveis, que precisam ser autoclavados para garantir a segurança dos pacientes. Para essas finalidades, existem modelos menores, com preços mais acessíveis.
Em hospitais e laboratórios, no entanto, são necessárias autoclaves que comportem maior quantidade de materiais. O uso da esterilização é uma medida importante para o controle de infecções, e o método do vapor úmido (autoclave) oferece várias vantagens em relação a outras técnicas — desde que os materiais a serem esterilizados sejam resistentes ao calor.
Quais são os riscos de não utilizar um esterilizador?
Esterilizar utensílios e objetos cortantes, como alicates de unha e seringas, por exemplo, é uma medida de segurança que irá manter o bem-estar e a saúde de todos os seres vivos (humanos e animais) que por ventura entrarem em contato com esses itens.
Esse processo irá reduzir alguns riscos à saúde. São eles:
redução da carga microbiana dos utensílios;
contaminação de outros utensílios até então esterilizados;
contaminação dos seres que entrarem em contato com utensílios infectados por vírus, bactérias, fungos e outros microrganismos.
Entenda o funcionamento do esterilizador autoclave
Como mencionamos, o processo de esterilização por autoclave consiste em expor os instrumentos utilizados ao vapor de água, em temperatura bastante elevada e sob pressão. Ao contrário das estufas, que utilizam calor seco para esterilizar os objetos, as autoclaves fazem o processo por meio da umidade.
Vale destacar que estufas não são permitidas para esterilização de produtos para saúde, conforme o regulamento da Anvisa, que estabelece a esterilização a vapor como técnica recomendada.
Além disso, a autoclave tem uma trava, que impede a sua abertura antes do prazo adequado para esterilização e secagem dos instrumentos. Cada modelo exige um período de tempo específico para que o processo seja concluído.
Isso varia também em função do tamanho da autoclave. Uma falha comum é utilizar o equipamento com sobrecarga de materiais, o que impede que o processo de secagem seja concluído de maneira eficiente. Por essa razão, é fundamental dimensionar a autoclave de acordo com a sua necessidade.
O dimensionamento deve considerar algumas particularidades:
número de atendimentos diários;
quantidade de profissionais que utilizam o equipamento;
média e tamanho de pacotes a serem esterilizados por dia.
Cuidados ao manusear a autoclave
O profissional que manuseia os objetos para inserir na autoclave deve utilizar luvas resistentes ao calor e óculos de proteção, além de calçados fechados e jaleco. Tais cuidados são essenciais para evitar acidentes.
Os objetos devem ser inseridos em sacos próprios para autoclavagem e o equipamento não deve ser preenchido até sua capacidade máxima, pois é importante que exista espaço livre para a circulação do vapor.
É fundamental conferir o nível de água, pois, caso esteja em volume abaixo da resistência, que é a peça responsável pelo aquecimento, o funcionamento da autoclave poderá ser comprometido.
O profissional precisa também verificar no manual do fabricante o tempo necessário para funcionamento. Para ajudar no processo, existem fitas adesivas que, quando expostas ao calor, têm alteração de cor. Assim, se ela não mudar de cor, significa que a temperatura ideal para esterilização não foi atingida.
Equipamentos e utensílios que podem ser autoclavados
Confira a lista de instrumentos e soluções que podem ser esterilizados por meio de autoclave:
objetos em aço inoxidável;
instrumentos cirúrgicos;
itens em polipropileno;
peças de vidro utilizadas em laboratório;
frascos de cultura de células e meios de cultura;
luvas;
líquidos não inflamáveis, resíduos biológicos e soluções aquosas, desde que não ultrapassem o volume de ⅔ da capacidade total do recipiente. Além disso, a tampa desse reservatório nunca deve ser completamente travada.
Descubra como escolher o melhor esterilizador autoclave
Basicamente, todos os modelos de autoclave cumprem com sua função, que é esterilizar os materiais. É importante que a instalação seja adequada e que todos os procedimentos de manutenção preventiva recomendadas pelo fabricante sejam atendidos.
Porém, além do tamanho da autoclave e, consequentemente, sua capacidade interna, existem alguns aspectos que diferenciam os equipamentos, como eficiência energética, tecnologia eletrônica e qualidade.
A tecnologia propicia maior controle e automatização do processo, simplificando o manuseio. Já a eficiência energética garante o uso mais racional de energia elétrica e de água. A qualidade, por sua vez, diz respeito à durabilidade e resistência do equipamento.
É possível separar as autoclaves em dois tipos:
pré-vácuo: que são os modelos que removem o ar interno, criando um ambiente de vácuo. Elas podem ainda ser separadas em modelos de vácuo único (que removem o ar de uma vez), vácuo fracionado (removem o ar ao mesmo tempo em que ocorre injeção fracionada de vapor) e alto vácuo (que removem o ar com uma bomba e introduzem vapor sob alta pressão);
gravitacionais: quando a entrada do vapor força a saída do ar, por meio de uma válvula.
De todos os modelos, a mais segura é a de alto vácuo, em função da capacidade de sucção do ar. Já as autoclaves gravitacionais não são indicadas para esterilização de materiais densos ou porosos, pois pode haver presença de ar residual na câmara interna. Além disso, seu processo de secagem é limitado.
Há ainda diferenças em relação à porta do equipamento. As autoclaves mais modernas utilizam fechamento vertical, do tipo guilhotina, com abertura automática. Outros modelos contam com porta tipo escotilha, que precisam ser giradas para abrir e fechar, o que dá um pouco mais de trabalho para os operadores. No entanto, são tão seguras quanto a outra modalidade e seu custo tende a ser menor.
A escolha do tipo correto do esterilizador autoclave e seu uso constante é fundamental para evitar contaminações em ambientes mais propensos a isso, aumentando a segurança nos procedimentos.
Ao adquirir seu equipamento, não deixe de verificar os elementos citados e também a questão da interface para o usuário. Quanto mais simples de programar e utilizar, maior a segurança.
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